Você sabia que 1% dos brasileiros possuem quase metade das riquezas de todo o país? Então, isso é uma realidade estatística que escancara a desigualdade em que vivemos. Além disso, outros números assustadores são os que analisam a poluição e o desmatamento, não só em terras tupiniquins, mas em todo o mundo. Dessa forma, diariamente surgem possibilidades e estratégias para melhorar essas situações calamitosas. Uma dessas revoluções, visando melhorar o nosso planeta em diversos aspectos é a economia solidária.

Então, siga conosco neste artigo e entenda como esse modelo busca fazer a diferença na vida de todos em busca de um mundo mais igual e habitável. Confira!

O que é economia solidária?

Apesar de estar muito em pauta nos dias de hoje, esse é um conceito um tanto quanto antigo. A organização grupal com foco na solidariedade existe desde sempre na humanidade, no entanto, a primeira demonstração oficial do modelo foi na Primeira Revolução Industrial. Após perderem espaço para as máquinas a vapor, os artesãos se uniram no que se pode considerar a experiência inicial da economia solidária.

Já na atualidade, o conceito está sobre alguns pilares, como a colaboração, a coletividade e, claro, a solidariedade. Ou seja, ela tem como objetivo mudar a relação entre pessoas e empresas, de forma que o indivíduo e o planeta sejam protagonistas do cenário. Com isso, temos uma oposição ao modelo atual, onde a busca maior é pelo lucro e pela concentração de riquezas.

Mas e na prática?

Bom, o intuito é claro e digno, nisso não há o que discutir, entretanto, como esse modelo opera? Então, um dos principais pontos é o sistema societário das empresas de economia solidária. Nelas, o comando é exercido por grupos e as retiradas de valores (salários) funcionam por meio de decisões coletivas em assembleias.

Além disso, as matrizes dessas empresas também são diferentes. Na economia solidária a busca por um mundo melhor está em todas as etapas, por isso, as categorizações dos negócios estão quase sempre ligadas a lutas pelo meio ambiente e diminuição da desigualdade social, por exemplo.

Exemplos de empresas com economia solidária

Você viu que as atuações desse modelo acabam por ser específicas e o objetivo final se encontra desde a sua função até a sua divisão dos lucros. Dessa forma, veja alguns empreendimentos que fazem parte da economia solidária:

Cooperativas de reciclagem

É um modelo que ao mesmo tempo visa ajudar pessoas que, por necessidade, se tronaram catadores de lixo e auxiliar na diminuição da degradação do meio ambiente. Assim, os trabalhadores são recompensados pelo trabalho entregando os materiais coletados e a cooperativa atua na reciclagem para diminuir o impacto do acúmulo de lixo nas comunidades.

Grupos de agricultura familiar

São grupos de pequenos produtores que têm setor de destaque na produção de muitos dos alimentos que chegam às nossas mesas. Juntos, se organizam para fortalecer a cultura e produzir com menos impactos ao ambiente e maior valorização da agricultura de pequenas comunidades rurais.

Cooperativas de crédito

Se engana quem acha que a economia solidária está apenas em trabalhos considerados sociais. Este é um excelente exemplo de que ela é possível até no setor financeiro. De acordo com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), esse mercado já atinge 8,5 milhões de brasileiros. A intenção das empresas é chegar em pessoas que são excluídas socialmente por não terem acesso físico a instituições financeiras.

Como participar da economia solidária?

Existem duas maneiras de ajudar esse modelo empresarial com tanto potencial de mudar o mundo. O primeiro é sendo um investidor direto, aportando capital em uma organização que já atua ou criando a sua própria. A segunda maneira é buscando consumir produtos e serviços de instituições que praticam em alguma instância a economia solidária. E aí, esclarecemos suas dúvidas? Não deixe de ficar atento ao nosso blog para ver mais conteúdos como esse.