A princípio, quando se fala em dinheiro logo pensamos na fase adulta. Para muitas pessoas desse grupo, lidar com finanças é um grande desafio, principalmente pela falta de debates e discussões em casa ou na escola, por exemplo, a respeito do tema, sobretudo enquanto eram crianças. Porém, é preciso mudar essa realidade e introduzir a educação financeira desde cedo, já na infância. 

Muita gente não sabe, mas esse tipo de ensino está incluso na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do Ministério da Educação, ou seja, deve obrigatoriamente  fazer parte do aprendizado das crianças e jovens. De antemão: se você é mãe, pai, ou responsável por um menor de idade, introduza o assunto o quanto antes no dia a dia de vocês, afinal, esse é o caminho para formar adultos mais responsáveis financeiramente. 

À primeira vista pode parecer chato, mas se feito da forma correta, será mais divertido do que você imagina. Falar sobre dinheiro não precisa ser estressante e nem envolver preocupações, e no artigo a seguir vamos te dar 5 dicas de como fazer isso de uma forma leve para contribuir com um futuro menos endividado! 

O que é educação financeira?

Antes de mais nada, vamos falar sobre o conceito. A educação financeira consiste em passar conhecimentos financeiros com o intuito de facilitar o relacionamento com o dinheiro. Em primeiro lugar, a ideia é facilitar a tomada de decisões e diminuir os atos impulsivos.   

Por que ensinar educação financeira?

De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), pelo menos  70% das famílias brasileiras estavam endividadas em 2021. Esse, por si só, já é um grande motivo para investir nesse tipo de ensino, afinal, todo adulto que deve já foi criança um dia.

Ensinar o significado do dinheiro, a importância de poupar e, por fim, maneiras de se organizar, por exemplo, pode evitar cenários de descontrole financeiro e contribuir para que as contas fiquem sempre no azul. 

Benefícios do ensino 

  • Autonomia;
  • Tomada de decisões melhores;
  • Senso de responsabilidade;
  • Consciência sobre a realidade social;
  • E por último, a redução de estresse ao longo da vida. 

Quando começar a ensinar?

Não tem uma idade exata, a resposta certa é: o mais cedo possível! Frequentemente as pessoas começam a introduzir esse assunto por volta dos 2 anos, momento em que a criança começa a falar, a se interessar por novidades e a brincar. Por vezes já é possível ensinar a lógica do cofrinho, por exemplo.  

Como ensinar a educação financeira?

1. Ensine sobre valores e significados

Primeiramente é importante que a criança saiba o que é o dinheiro, qual o valor dele e de que forma é dividido. Você pode começar apresentando as cédulas e moedas existentes no Brasil, por exemplo. 

Fazer com que a criança crie um glossário pode ser uma boa alternativa, assim, além dela aprender sobre noção de valor e alguns significados, ela pode se divertir fazendo e usando a criatividade. Alguns conceitos que você pode utilizar são: dinheiro, consumo, compra, notas, orçamento, gastos, economizar.

2. Mesada

A princípio, essa pode ser uma boa forma para introduzir o mundo das finanças. Ao mesmo tempo que a criança consegue desenvolver certa autonomia, é possível também ensinar sobre administrar o próprio dinheiro e controlar desejos consumistas. 

O ideal é tentar fazer com que a criança consiga manter certa quantia de dinheiro até  a próxima mesada, por exemplo, fazendo com que ela crie certa noção de tempo. 

3. Registre os gastos

O método mais efetivo de organização financeira acontece por meio do registro de gastos, ou seja, ensine a criança desde cedo a anotar todos os gastos, desde uma balinha a um brinquedo, por exemplo. Assim, sempre que chegar o fim do mês ela terá noção de quanto conseguiu economizar. 

4. Defina objetivos

É agora que o cofrinho entra em cena! Atualmente, as facilidades tecnológicas permitem a criação de contas digitais, que podem ser usadas como poupança, porém, o cofrinho pode deixar o ensino mais lúdico e divertido por ser algo mais palpável.   

É importante que você ensine a criança a ter objetivos e estimule a realização deles. Por exemplo: se sua filha deseja jogo de tabuleiro, incentive ela a juntar a quantia necessária para comprar o brinquedo. Dessa forma, ela vai entender que se organizar e economizar pode trazer recompensas no futuro.  

5. Ensine brincando 

Talvez esse seja o jeito mais efetivo de passar esse ensinamento, afinal, a criança aprende ao mesmo tempo que se diverte. Vale destacar que regras são feitas para serem seguidas, em outras palavras, nada de deixar a criança ganhar.  Confira algumas opções de jogos: 

  • Banco Imobiliário (a partir de 8 anos);
  • Jogo da Vida (a partir de 8 anos);
  • SimCity (aplicativo, a partir de 10 anos);
  • Vamos Poupar (online, 6 a 10 anos);
  • Quebrando o Cofrinho (online, 2 a 4 anos);
  • BanKids (online, até 12 anos);
  • Bate-bola Financeiro (online, 14 a 18 anos);

E aí, esclarecemos as suas dúvidas? É sempre bom ficar por dentro de como se manter seguro para evitar golpes! Não deixe de ficar de olho em nosso blog. Aqui você fica informado e aprende dicas que podem dar um up em sua vida financeira.